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Fabrício Ramos

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dezembro 02, 2020

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16:45

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Superando assinaturas eletrônicas: por que só essa solução é insuficiente?

Que a pandemia acelerou processos não é novidade para mais ninguém. Dentre esses processos, a adoção de plataformas de assinaturas eletrônicas é um dos melhores exemplos de novidade tecnológica difundida em razão do distanciamento social.

Trata-se de um mecanismo muito importante que traz celeridade, segurança, economia e sustentabilidade para o centro da discussão da assinatura de documentos. De fato, contratos e propostas são fechadas em questão de minutos, folhas são economizadas e o tempo desse processo é muito reduzido.

Entretanto, como toda inovação, ainda que para muitas empresas assinar eletronicamente seja uma novidade, já é possível identificar os limites de desenvolvimento dessa tecnologia.

Toda semana, uma nova plataforma cria sua própria solução de assinatura, todas semelhantes entre si. Isso é ruim para a LEXIO, que também possui seu próprio mecanismo de assinatura? Não necessariamente! Isso significa que o mercado está mais maduro e preparado para esse tipo de solução e que chegamos a um ponto de desenvolvimento técnico em que criar as bases para a assinatura não é mais uma grande dificuldade. Quem ganha, no fim do dia, é o cliente.

Mas o que podemos aprender sobre a insuficiência das assinaturas eletrônicas?

Em primeiro lugar, existe a máxima econômica de que a maturidade dos mercados tende a diminuir as margens de lucro dentro de um setor. Nesse sentido, um mercado no qual muitas empresas oferecem serviços similares de assinatura tende a derrubar, aos poucos, o preço dessas soluções. Além disso, como o custo de desenvolvimento, de novos entrantes e de adoção são baixos, é possível dizer que soluções de assinatura estão virando “commodities tecnológicas”. No fim do dia, vira quase uma questão de “gosto” pessoal e aceitação do mercado. Mas qual o impacto disso para empresas que focam seu modelo de negócios exclusivamente em assinaturas eletrônicas?

Basicamente, há um movimento no mercado que (tardiamente) começou a perceber que só assinar eletronicamente contratos é insuficiente. De que adianta apenas assinar documentos se não há como criá-los de maneira inteligente, organizar fluxos de aprovação nem gerenciar prazos e auditorias sobre eles? 

Não à toa, inúmeros usuários estão insatisfeitos com o baixo número de funcionalidades oferecidas por alguns softwares de assinaturas eletrônicas. 

Como a LEXIO entra nessa história?

Curiosamente, nosso processo de desenvolvimento da plataforma seguiu o caminho inverso. Para nós, as assinaturas eletrônicas nunca foram um fim em si mesmas, é parte de uma engrenagem muito mais complexa que se inicia desde a criação do documento e acaba com o fim de todas as obrigações. A assinatura é, sim, muito crucial, mas seu valor aumenta quando considerada em conjunto com os demais passos do ciclo de vida de contratos.

Dessa forma, a LEXIO se dedicou à criação de outras funcionalidades para só depois, com o avanço da tecnologia, criar sua própria assinatura, escolha que se mostrou acertada.

A evolução do mercado jurídico brasileiro vem acontecendo rapidamente. Não se pode mais pensar que o fluxo de trabalho com documentos funciona maneira segmentada e acreditar que apenas uma funcionalidade (ainda que importante) pode sustentar por si só um modelo de negócios no médio e longo prazo.

Esperamos que nos próximos meses e anos essas plataformas de assinatura agreguem cada vez mais serviços. A tendência, como em outros mercados, é que serviços específicos acabem sendo um “módulo” dentro da gama de possibilidades. Particularmente, enxergamos esse movimento de forma muito positiva. Inclusive, meu sócio Rafael Docampo publicou recentemente um artigo no Conjur, debatendo a importância de pensarmos soluções como a LEXIO de forma holística.

Se cada vez mais empresas perceberem que só assinar eletronicamente é insuficiente, o mercado subirá seu patamar de exigência e, no fim do dia, quem mais se beneficiará com a concorrência são os consumidores. Quanto mais softwares de gestão de ciclo de vida de contratos, melhor será o ambiente negocial brasileiro a longo prazo.

Fabrício Ramos

fabricio.ramos@lexio.legal

Desenvolvedor jurídico e comercial do Lexio.

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